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Para estrear a sessão de entrevistas do blog, apresentamos a entrevista concedida, a este blogueiro, pelo Coordenador do Curso de Espanhol EaD da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Professor Mestre MARCUS VINICIUS LIESSEM FONTANA. Nessa entrevista ele fala sobre os avanços, a importância e a qualidade da Ead.
Para estrear a sessão de entrevistas do blog, apresentamos a entrevista concedida, a este blogueiro, pelo Coordenador do Curso de Espanhol EaD da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Professor Mestre MARCUS VINICIUS LIESSEM FONTANA. Nessa entrevista ele fala sobre os avanços, a importância e a qualidade da Ead.
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| Marcus Vinicius Liessem Fontana |
O Professor Marcus é Mestre em Linguística Aplicada pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Católica de Pelotas (2009), com bolsa fornecida pela CAPES. Possui Licenciatura em Língua Espanhola e Literaturas pela Universidade Federal de Pelotas (2006). É Professor Assistente da Universidade Federal de Santa Maria e atua como pesquisador e formador pelos projetos Pró-Licenciatura - REGESD e Universidade Aberta do Brasil. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua Espanhola, Linguística Aplicada, Tecnologias na Educação, Educação a Distância e Tecnologias Inclusivas para Pessoas com Deficiência Visual. Atualmente é Coordenador do Curso de Letras/Espanhol EaD-UAB da UFSM.
Itamar Maschio: Professor Marcus, há quanto tempo o senhor é professor de Língua Espanhola?
Marcus Vinicius Liessem Fontana: Como professor de língua espanhola, trabalho há apenas 5 anos, pois me interessei tardiamente pelo tema. Antes disso, meu trabalho envolvia tecnologias. Tive formação técnica em Eletrônica na antiga Escola Técnica Federal de Pelotas, hoje IF-Sul, e desde meus 16 anos me tornei professor de informática. Durante muitos anos trabalhei como programador e especialista em software, daí, certamente, meu interesse por vincular a língua espanhola e o uso de tecnologias na minha profissão.
Itamar: Há quanto tempo o senhor trabalha com Educação a Distância?
Marcus: Os projetos de EaD, tanto na UFPel, de onde venho, como na UFSM, começaram efetivamente, na área de espanhol, em 2009, com a abertura das primeiras turmas. Mais ou menos um ano antes disso, começaram as discussões e a preparação de materiais. Nessa época, ainda vivia em Pelotas e fui convidado por um colega a participar da primeira turma de Espanhol em EaD da UFPel, no projeto Pró-Licenciatura – REGESD. O convite surgiu, entretanto, porque já em 2005, ainda como aluno do curso de Letras e logo como professor formado, trabalhei com um grupo que implantou o primeiro curso a distância da Universidade Federal de Pelotas: o CLMD ou Curso de Licenciatura em Matemática a Distância, um projeto independente, muito inovador e estimulante. Nesse projeto, trabalhei com produção e revisão textual e era responsável pelo portal virtual do curso, bem como por sua biblioteca on-line.
Itamar: O senhor assumiu recentemente a função de Coordenador do curso de Espanhol EaD da UFSM. Quais seus principais objetivos frente à coordenação?
Marcus: Creio que o primeiro passo é solucionar alguns detalhes que estão pendentes. Temos algumas necessidades no curso, tanto em nível administrativo, como pedagógico, que precisam ser sanadas. Assim que tudo estiver estabilizado, e acredito que isso se dê até meados de 2011, o próximo passo é a ampliação do projeto. Não há passo atrás em EaD! Temos que mirar novos objetivos e persegui-los incansavelmente: abrir novas turmas, pensar numa pós-graduação etc.
Itamar: Os acadêmicos de cursos à distância às vezes reclamam do contato direto com o professor. Como a falta desse contato direto pode ser amenizada e de que forma isso afeta o processo de ensino-aprendizagem?
Marcus: Aí depende do que se considera contato direto. Claro que o princípio da Educação a Distância é justamente a separação professor-aluno no espaço e, muitas vezes, no tempo (uma pergunta feita hoje, por exemplo, pode ser respondida amanhã). Mas isso não significa que professor e aluno tenham que perder contato, pelo contrário. Eu, por exemplo, muitas vezes tenho mais contato com alguns alunos dos cursos a distância do que com outros dos cursos presenciais. Evidentemente, esse contato se dá pelos meios digitais: os fóruns do ambiente de aprendizagem, para citar uma situação mais formal, ou o e-mail e o MSN, para conversas informais, por exemplo. A questão é que a EaD exige perfis específicos de docentes e discentes. Ambos têm que estar à vontade com as tecnologias e saber aproveitá-las.
No que diz respeito ao contato presencial, é lógico que será mais restrito, mas visitas periódicas aos polos sempre estão previstas e, do meu ponto de vista, é sempre importante que vá pelo menos uma pessoa da área administrativa e um professor, para que os alunos os conheçam e tenham oportunidade, inclusive, de fazer alguma prática no caso da língua estrangeira. Além disso, de tempos em tempos, é conveniente que sejam realizados pequenos eventos para reunir os polos e alimentar em todos o sentimento de união e de pertencimento, o que costuma gerar ânimo em todos.
Itamar: Hoje, ainda há certa desconfiança, entre as pessoas, sobre os cursos superiores na modalidade à distância. Muitos acham que essa modalidade não consegue preparar com qualidade os profissionais para o mercado de trabalho. O que o senhor tem a dizer para as pessoas que pensam em realizar uma faculdade à distância, mas que ainda tem dúvidas sobre a qualidade destes cursos?
Marcus: É interessante isso... Sempre que algo novo surge, as críticas pipocam por todos os lados. É o velho fator “medo do desconhecido”. Quando a imprensa surgiu e o livro começou a se popularizar, muitos professores profetizaram o fim da escola, achando que iam perder seus empregos. Isso não aconteceu. Hoje se dá algo mais ou menos assim com a EaD. As pessoas veem os computadores e todas as suas possibilidades, e acham que ele vai substituir o professor, que o aluno vai aprender tudo sozinho e vai acabar aprendendo coisas erradas. Não é verdade! O professor que orientou meu mestrado, Vilson Leffa, diz algo mais ou menos assim: se um professor puder ser substituído por um computador, ele deve ser substituído... por outro professor! Quer dizer, se um professor não é suficientemente competente a ponto de temer ser substituído por uma máquina, então, não há mais remédio que colocar alguém mais competente em seu lugar... mas que a máquina vá fazer tudo sozinha? Impossível!
A qualidade da EaD está assegurada pela qualidade dos profissionais que trabalham nos cursos. É isso que vale, e isso é tão verdade para a EaD como para a educação presencial. Não tem diferença. O que acontece é que o aluno deve ter muito claro com quem está lidando. Se é uma instituição séria, com profissionais sérios, perfeito! Caso contrário: fujam! Eu conheço muita gente que pagou por cursos de pós-graduação no sistema presencial e ficou sem diploma, porque a instituição faliu ou aconteceu alguma calamidade dessas. Charlatães existem em todos os meios.
Itamar: Recebemos a informação, do tutor presencial do Pólo UAB de Tapejara, que está sendo preparado um encontro presencial com todos os alunos do Curso de Espanhol EaD, no dia 12 de março. Quais os objetivos desse tipo de encontro? Esses encontros ocorrerão com que periodicidade?
Marcus: Esse encontro é, na verdade, a aula inaugural do semestre. A coordenação pensou, e os professores concordaram, que seria uma boa oportunidade para reunir todo mundo. Nesse encontro será apresentada a nova coordenação e vamos destinar um tempo para que professores, alunos e administrativos se conheçam um pouco mais, quer dizer, é justo aquilo de que estava falando, de criar oportunidades para que surja o sentimento de pertencimento, para que se gere força e ânimo a partir do contato presencial, fazendo com que todo mundo tenha mais pique para o novo semestre. Além disso, estamos conversando com alguns professores que deverão falar sobre alguns temas de interesse de nossos estudantes. Se tudo correr bem, teremos duas palestras muito interessantes nesse dia. Quanto à periodicidade, vamos esperar para ver os resultados. Caso todos fiquem satisfeitos, podemos pensar nisso como uma prática semestral, por exemplo.
Itamar: O senhor gostaria de deixar uma mensagem para os leitores do Blog e/ou acrescentar mais alguma informação?
Marcus: Creio que o melhor que posso dizer, para concluir, é que as pessoas podem confiar na EaD, desde que saibam com quem estão se metendo. Informação é tudo, hoje em dia, e a Internet é uma fonte muito rica. Não creia em propagandas, pesquise na rede, vasculhe o site do MEC, escute as pessoas que já passaram por algum curso e tenha certeza de que está entrando num curso confiável. Se o curso tem um bom conceito, ele funciona, não importa que seja a distância. Não creio que a EaD seja melhor que o presencial, ou vice-versa, tampouco que a EaD vá substituir a outra modalidade, imagino que, aos poucos, as duas vão se mesclar, de tal modo que o melhor de cada uma constituirá uma educação mais completa e mais de acordo com a nova sociedade da informação em que vivemos.

Um comentário:
Achei super criativo a idéia da entrevista com o um professor do ensino a distância pois sabe-se que há muitas discussões e preocupações a respeito dessa modalidade de ensino e quero aproveitar esse espaço para colocar duas pesquisas que encontrei na internet sobre o que é Ensino a Distância e seu desenvolvimento
Educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente.
É ensino/aprendizagem onde professores e alunos não estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes.
Na expressão "ensino a distância" a ênfase é dada ao papel do professor (como alguém que ensina a distância). Preferimos a palavra "educação" que é mais abrangente, embora nenhuma das expressões seja perfeitamente adequada.
Podemos citar também a definição contida no Decreto 5.622, de 19.12.2005:
A Educação a Distância é a modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos.
O desenvolvimento da EaD pode ser descrito basicamente em três gerações, conforme os avanços e recursos tecnológicos e de comunicação de cada época.
Primeira geração: Ensino por correspondência, caracterizada pelo material impresso iniciado no século XIX. Nesta modalidade, por exemplo, destaca-se no Brasil o Instituto Universal Brasileiro atuando há mais de dezenas de anos nesta modalidade educativa, no país;
Segunda geração: Teleducação/Telecursos, com o recurso aos programas radiofônicos e televisivos, aulas expositivas, fitas de vídeo e material impresso. A comunicação síncrona predominou neste período. Nesta fase, por exemplo, destacaram-se a Telescola, em Portugal, e o Projeto Minerva, no Brasil;
Terceira geração: Ambientes interativos, com a eliminação do tempo fixo para o acesso à educação, a comunicação é assíncrona em tempos diferentes e as informações são armazenadas e acessadas em tempos diferentes sem perder a interatividade. As inovações da World Wide Web possibilitaram avanços na educação a distância nesta geração do século XXI. Hoje os meios disponíveis são: teleconferência, chat, fóruns de discussão, correio eletrônico, weblogs, espaços wiki, plataformas de ambientes virtuais que possibilitam interação multidirecional entre alunos e tutores.
wikidot.com
Como aluna de ensino a distância, posso afirmar que tempo não é fator que afeta o processo de aprendizagem uma vez que temos flexibilidade de adequar nossos horários de acordo com nossa disponibilidade, podendo ser conciliado trabalho, casa e familia e quanto ao aproveitamento, esse depende de cada individuo, cada qual possui seu ritmo portanto pessoas não preparadas para assimilarem os conteúdos propostos, terão dificuldades tanto no curso presencial quanto no a distância.
Não podemos nos estagnar no tempo, o conhecimento, seja de qual forma for buscado, é infinito, nunca saberemos de tudo, por isso, estudar é uma das ferramentas mais importantes do ser humano, para crescer e desenvolver em todos os sentidos: social, empresarial e financeiro.
Ótima sua iniciativa
Boa sorte e sucesso
SS
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